Depois que orientou os funcionários sobre o almoço, Aurora percebeu que o marido estava encostado perto da varanda, observando-a em silêncio. Seus olhos a seguiam com uma atenção redobrada.
Ela se aproximou dele e arqueou uma sobrancelha.
— O que foi agora, amor? Por que está me olhando desse jeito?
— Nada — ele respondeu, desviando o olhar. — Só estou pensando.
— Pensando no quê?
— Que o Saulo deve estar bem feliz nesse momento.
— Ah, com certeza — ela assentiu. — Acho que ele nem sonhava com essa surpresa.
— Realmente — ele concordou, mas logo ficou em silêncio outra vez, com o olhar distante.
Desconfiada, o encarou de lado. Ela sabia muito bem quando ele estava remoendo alguma coisa por dentro. Oliver era mais de falar do que pensar, mas naquele momento, não parecia assim…
— O que foi agora? — ela insistiu. — Pode me falar, eu aguento.
Ele soltou o ar devagar, como se ponderasse se devia ou não abrir o jogo.
— É que agora com a Denise grávida — começou, pausando por um segundo —, e