— Filha, é verdade o que o seu pai está dizendo? — perguntou Andrea, num tom preocupado, sem acreditar no que acabava de ouvir.
Ainda com lágrimas escorrendo pelo rosto, Catarina engoliu em seco. Sabia que não podia mentir, e com um leve aceno de cabeça confirmou, sentindo o olhar da mãe se encher de decepção.
— Não pode ser… — murmurou Andrea, incrédula.
— Eu… sinto muito, mãe — respondeu, com a voz entrecortada pelo choro.
— Sente muito? — Damião interrompeu, com o tom duro cortando o ar. — Você não parecia nem um pouco preocupada quando eu a vi mais cedo.
Catarina sentiu o aperto no peito aumentar. O olhar furioso do pai e a decepção nos olhos da mãe a deixavam paralisada.
— Pelo amor de Deus, Catarina! Onde estava sua cabeça para se prestar a um papel desses? — Andrea perguntou, agora com a voz baixa, tentando não perder a compostura.
— Eu… não pensei muito — confessou, baixando a cabeça.
— Como assim “não pensou”? — Damião rebateu, incrédulo.
— Eu só me deixei levar pelos meus se