Parte 2 - Capítulo XLIII: Penhasco.
O vento da madrugada invadia pela porta dupla da casa, aberta desde a fúria de Sean. Alexandra acordou, seus olhos buscando aquele homem rendido, deitado no carpete. Moveu-se devagar, cuidadosa para não despertá-lo, e caminhou até o banheiro do primeiro andar. Ao se olhar no espelho, viu seu corpo adornado por pequenas marcas vermelhas e doloridas. Seus cabelos estavam desgrenhados, a boca inchada pelos beijos intensos. Passou os dedos pelo pulso adornado pela pulseira e pelo pingente de esmeralda – a algema daquela relação. Olhou para sua coxa, a mesma que fora exposta pela fenda do vestido, agora ostentando um hematoma roxo. Ela riu baixinho, a ironia mordaz de como um homem cheio de poder podia ser tão frágil ao mesmo tempo.
Caminhou até o box e ligou a água quente, buscando amenizar as dores do corpo. Inegavelmente, fora surpreendida e amara tudo que acontecera naquele chão. A água escorria, mas era incapaz de retirar o cheiro e o gosto daquele homem. Por uns momentos, ficou ali e