Ainda naquele mesmo domingo, (depois de se molestar não só mentalmente, mas intimamente com a memória do beijo na praia) vestindo uma camiseta de algodão cinza e calças de moletom escuras. A brisa que entrava pela varanda envidraçada bagunçava levemente seus cabelos negros. Ele estava sentado no sofá, o notebook aberto à sua frente, mas seus dedos pairavam sobre o teclado sem digitar. Na tela, uma janela de conversa com Alexandra estava aberta, com várias mensagens digitadas e apagadas. Ele escrevia frases apaixonadas, declarações um tanto “vigorosas que tentava disfarçar o volume de sua calca”, mas hesitava em enviá-las, uma pequena parte de sua mente ainda consciente da possibilidade de assustá-la.
Seu amigo, Bruno, havia chegado há pouco. O advogado de 32 anos era alto, atlético, e sua presença já era imponente ao ser visto. Seus olhos, de um âmbar sedutor, pareciam captar cada nuance, e um anel de prata com uma pedra vermelha brilhava discretamente em seu dedo, um toque de elegânc