O FIM DO NÓS
— Ela o aguardava na saída do prédio, encostada em seu carro importado, um sedã elegante que reluzia sob a luz suave do entardecer.
— O contraste entre o plástico brilhante da lataria e o seu olhar penetrante parecia refletir um mundo muito mais profundo que os meros bens materiais.
— A maquiagem estava impecável, seus olhos delineados de forma a realçar uma combinação de força e vulnerabilidade. — Assim que o avistou, cruzou os braços, uma pose defensiva que não conseguia esconder a expectativa contida, e arqueou uma sobrancelha, um gesto que insinuava tanto ceticismo quanto curiosidade.
— Então é verdade? — disse, a ironia disfarçada de doçura escorria, mas sua voz estava carregada de um toque de dor que acrescentava peso à questão. — Casou-se?
Jano respirou fundo antes de responder, como se estivesse se preparando para mergulhar em um abismo emocional. O ato de assumir a verdade trazia consigo o peso de um futuro incerto.