Emma narrando.
— Ótimo. — digo, cruzando os braços com calma, enquanto encaro os dois, que parecem se entreolhar em silêncio antes de voltar os olhos para mim. — Façam logo a merda das pazes. Eu não estou com o menor saco pra esse teatrinho ridículo. — completo, soltando um suspiro impaciente.
Eles trocam olhares carregados de desdém, e aquilo é a gota d’água para mim. Ergo a arma com firmeza e atiro contra o balcão da cozinha, fazendo um estrondo seco ecoar pela sala.
— TÁ MALUCA?! — grita Luke, arregalando os olhos, se jogando para trás. Sua expressão de pânico me arranca uma gargalhada.
— Já fizeram as pazes? — pergunto em tom leve, quase zombeteiro, com um sorrisinho vitorioso no rosto, como se nada tivesse acontecido.
Eles se olham novamente, talvez pelo susto ou pelo simples instinto de sobrevivência, e então, num movimento sincronizado, se levantam e se abraçam — uma cena tão ridícula quanto reconfortante. Ouço os pedidos de desculpas murmurados entre dentes e solto um suspiro