Uma semana depois.
Emma narrando
Meu corpo dói. É uma dor difusa, constante, que pulsa com cada tentativa de me mover. Sinto como se algo pesado estivesse me pressionando contra o colchão, impedindo qualquer esforço.
— Luke... — chamo por ele, mas minha voz mal passa de um sussurro rouco. — Luke, me ajuda...
Minhas pálpebras se abrem com dificuldade, como se pesassem toneladas. A claridade quase me cega, minha visão fica embaçada e turva, os contornos borrados como se eu estivesse debaixo d’água. Levo alguns segundos até que tudo comece a fazer sentido.
Aos poucos, identifico o ambiente ao meu redor. As paredes brancas, frias e sem vida. Os móveis seguem o mesmo padrão neutro e impessoal. Nunca gostei de branco. Sempre me lembrou hospitais. E agora, não há dúvidas... estou em um.
Minha perna está enfaixada, o desconforto lateja com insistência. Sinto dor até para respirar. O ar entra pesado, como se cada inspiração trouxesse consigo a lembrança de algo que meu corpo já viveu, mas que