Emma
Passavam das dez e meia da manhã quando saí da cafeteria. Guardei meu livro na mochila e coloquei os fones de ouvido, escolhendo uma música aleatória enquanto seguia pelas ruas de Chicago.
Havia algo reconfortante em andar sem rumo, perdida em meio a um mar de pessoas. Algumas me lançavam olhares curiosos, outras apenas seguiam seus caminhos, como se eu fosse invisível. No meio do trajeto, parei em uma floricultura. Comprei alguns lírios e tulipas, paguei em silêncio e voltei a andar.
Minutos depois, meus passos me levaram até a entrada do cemitério principal da cidade.
— Eu realmente deveria estar aqui? — murmurei para mim mesma, hesitante.
Ainda assim, segui em frente, caminhando entre os túmulos até chegar à enorme árvore no centro do cemitério. Sua sombra cobria três lápides bem alinhadas. Meus olhos fixaram nos nomes gravados:
Margareth McCollins.
Pitter J. Collins.
Henry M. J. Collins.
Ali estavam... as últimas marcas do que um dia foi minha família. O que sobrou d