Emma Collins
Se fosse socialmente aceitável cavar um buraco no meio de um shopping e me enterrar viva, a essa altura eu já estaria no centro da Terra. Porque, honestamente, eu não sei nem mensurar o nível de vergonha alheia que eu tô sentindo nesse exato momento.
As pessoas me olham como se eu fosse a estrela de um surto coletivo. E talvez eu até fosse, se não estivesse sendo ofuscada por dois armários de dois metros de altura, pagos para me proteger, mas que mais parecem saídos de um filme de ação ruim dos anos 90.
Pra contextualizar o circo: estou me referindo a Tyler e Isaacs, a dupla de segurança particular que Thomas, em sua infinita sabedoria e mania de controle, resolveu enfiar na minha vida sem o menor consentimento. Dois brutamontes com cara de quem come prego no café da manhã e inteligência emocional de uma colher de pau.
Hoje, em plena praça de alimentação, com Giulia e eu tentando almoçar civilizadamente (coisa rara por si só), um balão — sim, um BALÃO, daqueles de cria