Emma.
Sinto algo molhado sobre minha face.
— Luke... não faz isso... — murmuro baixinho, com a voz arrastada pelo sono. Novamente, algo úmido e áspero desliza sobre meu rosto. Aquilo lambe meu queixo, minha bochecha, e então ouço um latido abafado e animado.
Abro os olhos devagar, piscando algumas vezes até conseguir focar direito, e dou de cara com Scott, sentado confortavelmente entre mim e Luke, com a língua de fora e os olhos brilhando como quem se diverte muito com a cena.
— Mas é claro... — sussurro rindo fraco, passando a mão pelo pelo bagunçado dele.
A porta do quarto se abre com um estalo e antes que eu tenha tempo de dizer qualquer coisa, duas miniaturas de gente invadem o ambiente correndo, rindo alto, e pulam na cama com a energia de quem já tomou três cafés da manhã.
— Acorda, mamãe! — grita uma delas com a voz aguda e doce.
Fico paralisada por um segundo. O coração para, depois dispara descompassado. A palavra ecoa dentro de mim com uma força indescritível. “Mamãe.” Meu