Os boatos que cercam a famosa família Legard, dizem que todos os membros são muito unidos e apoiam uns aos outros, contudo, quando a situação está sobre Benedict e Tyler, a verdade não é bem essa. Os irmãos são CEOs respeitados por todos, só não suportam um ao outro e não conseguem passar mais que dois minutos juntos sem brigar por alguma coisa banal. Tyler é o diretor de operações da Hayans, a maior revista do país, e Benedict está à frente da Calisto, Joalheria de prestígio que conquistou o mundo. Ambas fazem parte dos negócios da família, e por mais que não haja rivalidade nenhuma entre as indústrias, há entre os homens poderosos. Nada poderia mudar o fato de não se darem bem, não até que Hope precisasse invadir os dias dos dois, mesmo contra sua própria vontade. Precisando solucionar o resultado de mais uma das brigas, a secretária de Benedict entra em um acordo para tentar manter a estabilidade das coisas, só não sabia que como consequência disso, acabaria tendo que assinar um contrato de casamento com o homem mais prepotente e mandão que já conheceu. Ela literalmente vai ter que dormir com o inimigo para manter as coisas em ordem, não só o seu trabalho, como sua vida pessoal também. Só não sabe se vai conseguir fazer isso sem matar o egocêntrico por quem criou um ódio mortal. No meio de uma mentira, talvez até o coração mais duro possa ceder ao sorriso encantador de Hope Lisbon.
Leer más"Temos um problema para resolver."
Foi a mensagem que chegou em meu celular às três da manhã.Sim, às três, quando eu deveria estar dormindo mas estava acordada resolvendo outros mil problemas que estávamos tendo.As coisas na Calisto não iam tão bem quanto queríamos.Benedict era um ótimo diretor, seu pai nunca errou em colocá-lo para conduzir a empresa, no entanto, problemas e processos sempre vinham.Sendo sua secretária e meio que um braço direito há três anos, era eu quem precisava cuidar da maioria desses tais problemas."Um enorme, imenso e gigantesco problema." Ok. Algo estava fugindo do controle.Meu chefe era calmo, nem um pouco exagerado, então se usou três adjetivos com praticamente o mesmo significado para definir a situação, as coisas não estavam mais correndo em uma linha reta e sim, já haviam capotado em uma curva a duzentos quilômetros por hora.O celular em minhas mãos era a única coisa que iluminava o quarto.Saí do aplicativo de mensagens e logo digitei o número de Bene.Ao levar o aparelho até o ouvido, o quarto entrou em uma escuridão que quase me fez fechar os olhos e dormir, sem nem ouvir as palavras do homem.Contudo, no terceiro toque ele atendeu, e então entendi que a situação tinha realmente fugido do controle.— Tyler Legard entrou com um pedido para mudar o diretor de operações da Calisto. A nossa Calisto. Nosso negócio. Nossa empresa. A porra da única coisa boa que conquistei na vida — soltou, irritado.Merda.— Tem certeza disso? — Cocei o olho e quase cedi ao peso do sono que caía sobre eles e sobre todo meu corpo.Benedict riu com desgosto do outro lado da linha e resmungou algo que não consegui entender.— Ele quer a diretoria, Hope! Quer tomar o que me pertence por merecimento. Como é que ele pode fazer isso? Que porra! — bramou, e eu simplesmente afastei o celular do ouvido, tendo agora a dor de cabeça mais forte que antes.— Bene, olha só, ele não pode fazer isso. O Tyler está comandando a Hayans, você sabe que seu pai foi muito específico quanto à distribuição de cargos. Ninguém pode aceitar que ele também seja o CEO das Joalherias. Nem sua mãe, nem qualquer outra pessoa vai concordar com isso — tentei acalmar com fatos.A Calisto era uma empresa enorme, começou com Kalel Hughes no comando, avô materno dos dois, passou pelas mãos da tia deles, depois se tornou um negócio exclusivo de Chloe Clinton, mãe dos homens que atormentavam os meus dias.Neste ponto tínhamos a revista Hayans, que sempre foi o negócio principal dos Legards, e depois a Grife que surgiu com os anos, que também seguiu com o logo da Hayans.Haviam muitas pessoas competentes para assumir os cargos de diretores das três, porém, Paul foi muito específico ao dizer que para comandar cada uma delas, teria que haver merecimento, como Benedict disse, e ele conseguiu isso depois de se esforçar como qualquer outro dos netos.Era certo que coisas haviam fugido do controle nos últimos meses.O designer de jóias nos traiu próximo à exposição anual, cedendo nossos modelos exclusivos para a concorrência, o que gerou um processo extenso contra ela mas uma dor de cabeça enorme para nós.Com modelos expostos antes mesmo de estarem conjurados, tivemos que nos virar para arrumar outro designer e modelos suficientemente bons.Mas isso não poderia ser motivo para Tyler tentar tomar o controle total das Joalherias.Isso era só uma gracinha dele, só mais um jeito de provocar, exatamente como sempre fazia.Um suspiro pesado pôde ser ouvido por mim. Benedict não estava bem e provavelmente não ficaria tão cedo.— Posso ir para o seu apartamento? — questionou baixinho.Olhei para o lado e avaliei o corpo deitado na escuridão, em um sono profundo.Óbvio que estaria exausto depois do que fizemos horas antes, mas isso não vinha ao caso, a questão era que ele continuaria não entendendo e faria o máximo para entrar em uma discussão por conta das exigências e falta de senso do meu chefe.— Hope...? — chamou, me despertando de quase adormecer pensando demais.— Você está aonde? Posso ir até você — afirmei, tirando o edredom de cima das minhas pernas, me apressando a sair do quarto sem fazer barulho.— Na empresa ainda.Que caralho!— Às três da manhã, Bene?Só podia ser brincadeira.Ele estar entrando nessa fossa mais uma vez, apenas por pensar pequeno demais não era nem um pouco bom.— Eu não quero sair daqui. Não quero perder isso. Não posso deixar ele tomar a Calisto. Simplesmente não posso — justificou, o que não foi tão útil assim.Acendi a luz ao chegar na cozinha e pensei por mais dois segundos.— Você por acaso bebeu?— Não — disse de um jeito que desconfiei.— Consegue ir para o loft e me esperar lá?Benedict demorou para responder, uns trinta segundos depois achei que ele havia desligado.— Não demora? — perguntou manhoso. Bem a cara dele.— Não... Chego em vinte minutos.— Ok. Te espero na porta.Antes que desligasse, precisava evitar um acidente.Por muitas razões inexplicáveis ou nem tanto assim, ele confiava em mim de modo que eu poderia mudar a situação, pelo menos até ele chegar inteiro no loft.— Bene, nós vamos resolver isso bem rápido e a única coisa que precisaremos nos preocupar depois será em deixar a exposição perfeita a ponto de ter o país inteiro falando sobre ela. Tudo vai entrar nos eixos... E, peça um táxi caso não esteja apto para dirigir. Você precisa estar inteiro para receber sua recompensa.— Tudo bem, vou chamar o táxi — informou e finalizou a ligação.Passei as mãos no rosto assim que bloqueei a tela do celular e deixei na bancada da cozinha.Exausta nem de perto era a palavra que me definia.Eu estava tão esgotada que não sabia se conseguiria passar por tudo aquilo sem pedir arrego.Amava meu serviço e principalmente meu salário, mas aquilo já não era algo natural que eu conseguisse guiar meu corpo e minha mente para executar.Era difícil.E conviver tanto tempo com meu chefe, era um tanto quanto complicado para mim.Não que ele fosse um monstro, era só um chefe, que pega no pé e às vezes é folgado, mas nunca havia me maltratado de forma alguma, o que não mudava as dificuldades de estarmos juntos.Ele e Tyler não cansavam de brigar diariamente, mesmo não se vendo, eles davam o jeitinho deles e isso era super cansativo.E então, mais uma vez estava eu a caminho de tentar ajeitar a situação.Era sempre a mesma coisa, e eu só clamava aos céus para que, dessa vez, não fosse uma situação tão desastrosa.Amava meu trabalho, mas suportar aqueles dois se tornava uma tarefa bem complicada.O nosso "para sempre" foi marcado meses após o pedido informal.Bom, "informal" porque Tyler fez um super pedido na ceia de Natal, quando nossas famílias estavam reunidas. Após pedir minha mão ao meu pai, começamos a organizar uma festa digna de um casamento verdadeiro. Nada mais era uma farsa.Não havia um contrato. Éramos eu e Tyler vivendo a nossa verdade, e eu aceitei que ela fosse linda. Sophie me ajudou com muitas coisas, e Chloe, assim como meu pai, não ficaram fora disso. Tudo foi projetado com muito carinho, e agora faltava bem pouco para "o grande dia" e eu me via cada vez mais ansiosa para me casar com o homem mais incrível que eu havia conhecido. Ajeitei o vestido branco em meu corpo e me avaliei no espelho outra vez. Era a vigésima vez que eu o experimentava.Passei os dedos no tecido leve, enquanto os olhos acompanhavam o percurso através do reflexo. Tudo estava fluindo de uma forma tão maravilhosa que parecia nem ser verdade. Bom, tudo, tudo, não. Mas noventa p
Eu sempre fui o tipo de pessoa que não acredita com veemência no amor verdadeiro. Meus pais e o mundo ao meu redor me fizeram desacreditar desse sentimento. Vivi sempre me satisfazendo com o raso, com coisas simples, supérfluas, que não eram nunca tão intensas… Até Tyler acontecer.É, ele aconteceu. Tyler Legard aconteceu na minha vida e eu me vi sentindo um turbilhão de emoções e sensações que desafiaram até as minhas próprias convicções. Ele me ensinou muita coisa, e eu tinha uma leve certeza de que continuaria ensinando, e no momento, naquele exato momento, Tyler acabava de me mostrar que um homem era capaz, sim, de me deixar sem reação e sem saber o que dizer. Engoli em seco sentindo as lágrimas queimando nos meus olhos e não soube como reagir. Sobre a mesa do restaurante italiano estava uma caixinha forrada em veludo. Dentro dela? Um anel com uma enorme pedra de diamante. Elevei o olhar para Tyler e continuei sem saber o que dizer. — Isso é sério? — sussurrei completamen
Caminhando com rapidez pelo andar principal da Hayans, senti os olhares queimando em mim com curiosidade, e também senti que todos eles estavam me julgando. Não queria fazer aquilo, não queria nem mesmo pensar daquela forma mas… eu era uma Legard, mesmo que o sobrenome não fosse mais meu, eu ainda era a mulher do CEO da Hayans e era a dona daquela porra toda. Pensando em porra, soltei um risinho quando parei na frente do elevador e senti minha boceta encharcada. Tyler não deixou eu me limpar antes de sair da sua sala, e agora eu tinha esperma escorrendo pelas minhas pernas e me deixando marcada, como ele mesmo gostava de dizer.E eu estava amando… estava realmente adorando me sentir sua, de verdade.Apertei o botão para que a porta de metal se abrisse e com a postura altiva, entrei no elevador vazio. Quando girei os calcanhares e vi todas as pessoas que trabalhavam ali me olhando, sorri gentil. Se qualquer um pensou que eu sairia da vida de Tyler tão fácil, se enganou. Apressada
>TYLER
Minha bunda deslizou sobre a mesa de vidro grosso e a possibilidade de alguém chegar me deixou ainda mais instigada. Ofegante, agarrei os ombros de Tyler que tinha o corpo vestido em um terno azul petróleo, e mordi o lábio inferior para não gemer.Eu tinha ido na Hayans apenas para entregar documentos antigos que já não eram mais do meu interesse nem da minha conta, no entanto, depois de uma semana que havíamos nos encontrado em Boston, Tyler Legard parecia estar mais sedento do que antes. Seus lábios macios continuaram beijando meu pescoço e eu fechei os olhos, sentindo suas mãos deslizando pelas minhas pernas, erguendo a saia lápis que delineava minhas curvas.— Você não deveria vir até aqui com essa sua bunda gostosa marcada em um tecido tão fino — sussurrou em meu ouvido com um tom bravo. Tentei fechar as pernas para que ele não continuasse com seus toques, mas foi impossível já que seu quadril estava no meio delas. — Ty, por favor, sua secretária pode entrar a qualquer moment
A chuva fraca caía do lado de fora enquanto meu corpo era aquecido pelo de Tyler. Tentei puxar na memória um dia em que já havia me sentido tão em paz quanto estava me sentindo… não me lembrava de nenhum. Eu gostava da bagunça que era a minha vida quando trabalhava para Benedict, mas não podia negar que estar longe dele tinha me feito um certo bem. Passei tempo demais querendo provar para mim mesma que tinha um valor alto, e no fim, acabei me desgastando nesse processo. Eu era boa. Era forte e decidida, contudo, não precisava tentar provar isso para mais ninguém. Estava bem comigo mesma, sabendo de todo o potencial que existia dentro de mim, afinal, suportei Tyler Legard por pouco mais de um ano.Não tinha como ser "fraca". — Posso saber o que se passa dentro dessa cabecinha linda? — O hálito quente se chocou na minha nuca e meu conforto se intensificou. Suspirei sorrindo de canto mesmo que Tyler não pudesse ver, e me remexi deixando que seus braços fortes me puxassem ainda ma
Último capítulo