Isadora

O pub é discreto, quase escondido entre prédios antigos no centro da cidade, com uma fachada de tijolinhos vermelhos e uma porta de madeira que range ao ser empurrada. Assim que entramos, o cheiro de madeira encerada e cerveja recém-tirada do barril me invade, misturado a um leve aroma de comida frita vindo da cozinha. O ambiente é acolhedor, com luz baixa, mesas de madeira escura e algumas luminárias pendentes que criam poças de claridade sobre os rostos das pessoas. Há uma música suave ao fundo, um blues antigo, que parece encaixar perfeitamente no clima intimista do lugar.

Os seguranças não demoram a se espalhar, discretos como sombras. Sei que estão por ali, de olho em cada movimento, mas não chamam atenção. Bart, por outro lado, é impossível ignorar. Ele se mantém a poucos metros de nós, de braços cruzados, a postura ereta de quem nunca deixou o exército de verdade. A expressão dele é séria, quase impenetrável, e me arranca um meio sorriso irônico quando percebo