Irina Smith
O silêncio entre nós era denso. Carregado. Como se o ar tivesse mudado de composição.
Não havia mais jogo, nem máscaras.
Eu estava ali e ele também.
Sem escudos. Sem farsas. Sem o disfarce da fantasia.
Evan continuava sentado ao meu lado no sofá, mas havia algo diferente em seus olhos. Como se ele tivesse atravessado a própria muralha, aquela que, até então, parecia intransponível. O toque dele em minha pele ainda vibrava, e a sensação da boca dele na minha continuava queimando nos meus lábios, como se tivesse marcado ali sua assinatura.
Ele me olhou como quem decide.
— Vem comigo. — disse em um tom baixo, fir