O som do despertador não foi necessário. Evan estava acordado muito antes dele começar a tocar. Na verdade, nem sequer dormiu. Passou a madrugada inteira sentado na poltrona de couro da sala, encarando as luzes da cidade, com o olhar perdido, uma garrafa de uísque pela metade sobre a mesa e o copo intacto, esquecido, como tudo o que não fosse aquele maldito nome que girava na sua cabeça.
Afrodite.
Quando o céu começou a clarear, tingindo o horizonte de tons alaranjados e lilases, Evan se levantou. Passou as mãos pelos cabelos, ajeitou-os para trás e caminhou até o banheiro. Ligou o chuveiro no máximo, deixando que a água escaldante escorresse pelo corpo, mas nem o calor foi capaz de aquecer o gelo que parecia ter se instalado dentro dele.