O silêncio que se seguiu era denso, pesado, quase sufocante. Apenas o som da respiração descompassada preenchia o ambiente, dele e dela.
Evan ainda estava sobre o corpo da mulher, uma mão segurando firme o queixo dela, os olhos cravados nos olhos azuis por trás da máscara dourada, como se, ao encarar com força suficiente, pudesse arrancar dali o rosto que realmente queria ver.
Mas não era ela.
Nunca foi.
Ele apertou o maxilar, os dedos cravando mais forte no queixo da submissa, e por um instante sentiu um misto de raiva e frustração percorrer suas veias como ácido.
— Acabou. — Sua voz saiu seca, fria, cortante.
Levantou-se de imediato, ajeitou o cinto, subiu o zíper da calça, e sem sequer olhar para trás, caminhou até a mesa onde estavam o copo de uísque e os charutos. Pegou um charuto, acendeu com a calma cruel que o caracterizava, tragou profundamente e soltou a fumaça com força, como se pudesse expurgar dali o que o corroía por dentro.
A mulher, ainda tremendo, se encolheu, tentand