Clarice Spencer
O silêncio dentro do meu Porsche vermelho era quase ensurdecedor, quebrado apenas pelo ronco grave do motor enquanto estacionava diante da fachada envidraçada da empresa de Evan Médici. Meus dedos tamborilavam no volante, não por nervosismo, porque Clarice Spencer não se deixa abalar, mas por uma irritação calculada. Ele pensa que pode me ignorar assim, como se eu fosse apenas mais um nome em sua lista de casos descartáveis. Como se fosse possível me dispensar sem que houvesse consequência.
Nós temos um contrato.
Um acordo formal, assinado, onde cada um sabia exatamente qual era o seu papel. Ele sabia que, em troca daquilo que eu oferecia, eu também tinha exigências e não estou falando apenas d