O vento frio do início da noite acariciava as ruas com mãos invisíveis, mas Andrews Smith não sentia nada. Encostado em uma árvore do outro lado da rua, o capuz escondia parcialmente seu rosto pálido e os olhos encovados, onde antes havia orgulho, agora havia apenas ódio e fissura.
Ele ainda mancava. Cada passo doía. Os ossos, mesmo depois de quase um mês, pareciam gritar em silêncio, como se se recusassem a esquecer a surra brutal que levou.
Evan Médici.
O nome fazia seus maxilares se contraírem. O maldito loiro que havia lhe roubado tudo, ou melhor, a única coisa que Andrews sempre quis.
Irina.