Nicole Brown
Não consigo colocar em palavras a alegria que pulsa em meu peito. É como se o mundo, depois de tanto tempo mergulhado numa névoa cinzenta e fria, tivesse finalmente voltado a ser colorido. Ter o meu pai ao meu lado de novo é como recuperar uma parte perdida de mim mesma. Uma parte que eu pensava ter desaparecido para sempre, afogada nas memórias de uma infância quebrada.
Saber que ele recebeu alta definitiva do tratamento, que ele venceu os demônios que o assombravam, me deixa em êxtase. E o melhor: ele não voltou o mesmo, voltou melhor, inteiro, sorrindo, me chamando de “minha menina” com aquele brilho nos olhos que só os pais verdadeiramente presentes têm. Voltou d