A noite foi um tormento. Um daqueles períodos em que o silêncio parece gritar mais alto do que qualquer barulho. Evan Médici rolou na cama como um homem inquieto, incapaz de encontrar um instante de paz. O lençol amarrotado, o travesseiro frio e, acima de tudo, a ausência de Irina ao seu lado o deixavam louco. A cama, sem o pequeno corpo dela aninhado contra o seu, parecia um campo de batalha.
Com um suspiro irritado, ele se levantou, caminhando descalço pelo piso frio do quarto até seu bar particular. A penumbra do cômodo refletia a inquietude em seus olhos. Serviu-se de uma dose de uísque. Depois outra. E mais duas, uma atrás da outra, até que o calor da bebida descesse queimando pela garganta.
Pegou um cigarro, acendeu-o com movimentos automáticos, mesmo sabe