Matteo Banners
Há dias que carrego um incômodo silencioso no peito. Tento falar com Natália, tento encontrá-la, mas as tentativas sempre terminam invariavelmente em silêncio. Nenhuma mensagem respondida, nenhuma chamada atendida. E, embora tente me manter calmo, confesso: estou puto, com raiva, frustrado, inquieto. Mas principalmente, estou perdido. Porque, sinceramente, eu não faço a menor ideia do que fiz de errado e talvez esse seja o pior tipo de distância: aquela que vem sem explicação.
Não quero forçar nada, não sou esse tipo de homem. Se Natália decidiu que não me quer, paciência. Mas, pelo menos, mereço a dignidade de ouvir isso de sua boca. Nós somos adultos, caramba. E uma despedida covarde é pior do que qualq