O silêncio da noite nunca pareceu tão ensurdecedor. A fumaça ainda grudava em minhas roupas, mesmo após o banho. A mansão... minha fortaleza... foi violada. Os homens de Niklaus me tiraram tudo: poder, respeito... elas. Briana e Melinda eram peças fundamentais, símbolos do controle que eu exercia sobre aquele mundo podre. E agora estavam longe. Livres. Maldita seja essa palavra.
Livres.
E Niklaus... Niklaus se acha um herói. Um redentor. Mas ele só cavou a própria cova. Saí da propriedade em chamas sem olhar para trás. Não porque era forte. Mas porque olhar seria admitir que perdi. E eu não perco. Não por muito tempo.
O carro preto me esperava. Entrei sem dizer uma palavra. Os olhos do motorista evitavam os meus, como se temessem encontrar algo pior do que raiva. Estava certo em temer.
Don Alexander: Mansão do Lúcio. Agora. — O caminho foi silencioso, e a raiva latejava dentro de mim.
Hamel: Chegamos. — ele fala, parando em frente a mansão. Desço do carro e vou em direção, obse