DEENA
Enquanto a estrada corre através do vidro do carro a minha frente, Henry move-se agitado no banco do passageiro e Eve ressona no banco de trás. Ele insistiu para vir conosco, mas agora está bem desconfortável.
— Não precisava ter vindo. O que você tem?
— O que você vai dizer para a psicóloga? O que devemos dizer sobre nós? Você disse que ela quer conversar primeiro com a gente...
Assinto. Isso tem me incomodado muito também, o fato de não sabermos o que somos um do outro, ou o que esperam que eu diga sobre isso. Me sinto muito culpada por tudo isso, porque, ao mesmo tempo que quero que Eve entenda as coisas e pare de chamar Henry de pai, estamos agindo como pessoas casadas na sua frente. Deixo minha testa cair sobre o volante rapidamente e quando a levanto, Henry aperta o meu ombro.
— Eu sei. É demais para você! Podemos dizer que somos namorados.
— Cala a boca! — disparo irritada. — Não preciso de mais essa confusão.
— Que confusão? Nós não estamos fazendo tudo o que namorados fa