O quarto de Lyanna estava tomado pelo aroma suave das flores frescas e pelo brilho das velas dispostas em candelabros de prata. Diversos vestidos belíssimos estavam pendurados em cabides altos, e joias raras repousavam sobre almofadas de veludo. Era noite de baile — e nenhuma das duas conseguia ignorar o peso daquele momento.
Emma estava diante do espelho alto no canto do quarto, tentando controlar a respiração. As mãos trêmulas alisavam o tecido prata do vestido longo que havia escolhido, ele valorizava suas curvas e deixava parte de suas costas expostas de forma sutil e elegante. O estômago apertado denunciava o nervosismo.
Lyanna, sentada na beirada da cama, a observava em silêncio, até se levantar e abrir uma das caixas de joias sobre a penteadeira. De dentro dela, retirou o colar da Casa Viridiana — ouro branco trançado, cravejado de esmeraldas raras e uma safira estrelada no centro, que parecia guardar o céu de Kharador em seu interior.
— Quero que use — disse Lyanna, apro