AIDEN
O detetive me enviou o endereço do hospital para onde Sharon foi levada.
Quando entrei no quarto, ela estava encolhida, o máximo que as algemas à grade da cama permitiam. Assim que me viu, se endireitou de repente, com os olhos arregalados de medo.
— Aiden — sussurrou, trêmula.
— Então, além de criminosa, você também é uma mentirosa? Uma fraude! — cuspi as palavras, e meus olhos foram direto para o estômago dela, agora plano. Soltei uma risada seca enquanto me jogava na cadeira em frente à cama. Me sentia exausto demais para sequer permanecer de pé.
Ela balançou a cabeça, as lágrimas desciam como no dia em que foi presa.
— Não é o que você está pensando, eu juro, eu... — ela desabou, os ombros tremendo.
Inclinei a cabeça, observando-a com frieza. Não senti um pingo de pena.
— Então me diz, Sharon. Se não é o que estou pensando, o que é?
— Por meses você fingiu estar grávida! — minha risada amarga ecoou pelo quarto. Mesmo com todas as evidências, parecia uma piada de mau gosto.
Ap