CLARA
Sorrindo para a senhora idosa que me sorriu quando nossos olhares se cruzaram, comecei a procurar meu celular na bolsa enquanto saía do aeroporto.
Meu rosto se iluminou ao ver a identificação do chamador.
— Oi, amiga! — Falei animada, colocando o celular no ouvido.
— Oi. — A voz de Ana veio do outro lado. — Vi sua mensagem sobre a loja e tudo mais.
— Ah, isso. — Meus lábios se torceram e senti a raiva que eu havia guardado voltar à tona.
— É, eu não entendi direito. Parece que você digitou com pressa ou algo assim, havia alguns erros de digitação.
— Ah, não foi pressa, eu estava cega de raiva quando escrevi aquilo. — Falei de forma direta.
— Ah?
— Eu precisei desabafar para não sair gritando no meio da rua ou puxando o cabelo daquela mulher e dando uma boa bronca no gerente!
— Ah, ah. — Uma risadinha escapou dela. — Calma, tá? Ainda estou sem entender.
Mudei o celular de orelha e coloquei a bolsa no outro ombro.
— Então, o que aconteceu foi o seguinte: eu estava numa loja que cos