Lucas suspirou antes de responder:
— Porque não me deixaram voltar.
— "Eles?" — Franzi as sobrancelhas, confusa, ao encará-lo. — Quem foi que não te deixou?
Ele baixou os cílios e, num meio sorriso amargo, retrucou:
— Meus familiares.
Minha testa se cerrou profundamente enquanto eu tentava entendê-lo. Balancei a cabeça e perguntei:
— Estou perdida. Poderia me explicar melhor?
— Veja bem, você acabou de descobrir que Mark e eu somos parentes porque, na verdade, sou um filho ilegítimo. No início, não fui aceito na família. Eu era o segredo sujo deles, jamais mencionado ou discutido, escondido nos leitos de hospital. Meu pai, que fora marido da Doris, era meu elo com a família. Quando ele estava morrendo, o único desejo dele era que a família cuidasse bem de mim. Foi assim que, a contragosto, me acolheram de volta.
Franzi o olhar e murmurei:
— Então não foi que seu pai não teve tempo para você, ele estava… — Parei por um instante e, em um sussurro, completei: — Doente.
Ele assentiu solene