Bárbara
As contrações eram intensas e eu gritava de dor. Anderson dirigia a toda velocidade e a única coisa que eu conseguia pensar era em acabar com essa dor.
Porque ninguém me avisou o quanto isso dói?
Vejo que o carro parou e Anderson abre a porta e me pega no colo. O desespero em me ver gritando estava descrito em seus olhos. Chegam com a maca e eu entro para o hospital, meu marido fica lá fora aflito.
Estou na sala de parto, grito, choro e a única coisa que o médico diz é:
— Faz mais força mamãe, vamos! Estamos quase lá! Tenha calma.
Calma?
Se ele me pedir calma mais uma vez eu vou surtar. Por fim meu bebê nasce e respiro aliviada ao ouvir seu choro.
— Parabéns mamãe! É um lindo menino!
Sinto uma sensação boa e um amor inexplicável.
No quarto pós parto, o médico coloca meu bebê do meu lado e eu choro, ele é lindo, tem os traços do pai. Anderson e seu filho Rafael entram. Ele olha para o bebê e o pega no colo e eu me emociono mais ainda ao ver o encontro dos dois. Anderson fica