No silêncio do quarto, Lídia estava sentada na beira da cama, suas mãos deslizando lentamente pelo rosto.
O peso em sua consciência era mais intenso do que qualquer cansaço físico.
O celular descansava sobre o criado-mudo, com a tela iluminada exibindo “Sra. M.”, um lembrete constante das más decisões que tinha tomado. Ela respirou fundo, envolta em uma quietude que só era quebrada pelo suave tique-taque do relógio e pela respiração tranquila que vinha do quarto da bebê.
Era o momento de cumprir sua promessa — mesmo que o seu coração estivesse gritando para desistir.
Digitando com cautela, como se cada tecla fosse um passo sobre gelo fino, escreveu: “Neste fim de semana, ouvi o senhor Dean comentar com a Rachel que irão ao shopping comprar roupas e brinquedos para a filha. Ainda não sei qual shopping.
Assim que tiver essa informação, aviso. Boa noite.” Leu a mensagem várias vezes antes de decidir enviá-la.
Breve e direta, a mensagem estava