Ela me abraçou de repente, escondendo o rosto em meu peito.
— Você está arrependido! Eu sei que está, me desculpe, Murilo — sussurrou ela, a aflição evidente em sua voz.
Segurei seu rosto com delicadeza, fazendo com que ela me encarasse.
— Não estou arrependido. Sonhei muito com esse momento — ela respirou fundo, ainda confusa.
— Eu não entendo, Murilo. Estou me entregando a você, se tanto sonhou com isso, por que não quer ficar comigo?
— Você pode se arrepender mais tarde, e isso é o que eu quero evitar a todo custo — expliquei, tentando acalmá-la.
— Por favor, desculpe a forma como agi com você. Não quero que pense ma'l de mim, não quero que pense que sou... uma safa'da... que vergonha — ela falou, visivelmente envergonhada, levantando-se para se vestir rapidamente.
Levantei e caminhei até ela, tomando suas mãos nas minhas com gentileza. Olhei em seus olhos, buscando transmitir toda a sinceridade que sentia.
— Jamais pensaria algo assim de você, July. Eu só quero que você tenha cert