MATHIAS

Maldição! Quando Alaíde colocou o acônito em meu ferimento, tive certeza de que realmente não tinha noção do que era dor. Tudo que senti até aquele momento foi somente um mero ensaio para o que viria.

Sabia que, com o sangue humano em meu organismo, a dor não seria tão intensa e minha recuperação seria mais rápida. Mas não colocaria Maya em risco, sem mencionar que isso poderia transformá-la em uma de nós. Ela me perdoaria depois disso? Acredito que nem eu me perdoaria.

Novamente, minha transformação ocorreu, como tantas outras vezes durante aquele dia, de forma ainda mais intensa, como se meu corpo quisesse se defender de algo que estava sendo causado a ele. Com minha velocidade inumana, levantei-me daquela cama, assustando Maya, que não esperava aquela reação.

Me apoie na parede do quarto, de costas para aquelas duas mulheres. Pelo inferno, parecia que a lateral de meu corpo estava entrando em combustão, queimando de dentro para fora.

— Mathias… — Maya chamou, hesitante.

— M