— Pare, senhor, pelo amor de Deus, pare! — gritou de longe um dos empregados ao ouvir o estilhaço de mais um copo ao se chocar na parede.
A fúria que queimava meu corpo trouxe consigo um desejo inacabado de quebrar tudo à minha volta, talvez fizesse isso se estivesse em outro lugar, mas como estava na mansão e meu pai, embora distante estava meramente debilitado, adiei por ora a decisão de destruir o mundo, caso Deus me desse aquela chance.
Não era justo.
Nunca me entreguei para o amor, nunca me entreguei a uma mulher, a Aurora é… não suportaria novamente a dor de perdê-la. Não suportaria o castigo de nunca mais tocá-la. De não gozar das sensações que aquela garota provocava no meu corpo.
Que porra de golpe.
Que caralho de covarde eu fui.
Houve inúmeras chances de abrir o jogo, de contar a origem daquele ódio ou d