Gabriel ainda estava imerso no turbilhão de sensações causado pelos intensos hormônios de Gilbert, mas ele não esperava pela reação seguinte. Gilbert sentiu o coração apertar, o peito sufocar, e, com a mão tensa e as veias saltadas, afastou com força os braços de Gabriel, rompendo o abraço de maneira brusca.
Gabriel sentiu uma onda de vazio no peito, que se espalhou por todo o corpo, deixando seus membros rígidos e sem ação.
— Ele está aqui, tia Maia. — Gilbert respondeu com tranquilidade, o tom neutro como se nada tivesse acontecido. Ele se virou e caminhou até a porta, abrindo-a sem hesitar.
Do lado de fora, Maia o esperava com um sorriso no rosto.
— Eu sabia que ele estaria por aqui. Dá para perceber de longe que vocês dois se dão muito bem. — Ela comentou, casualmente.
Gilbert piscou, quase imperceptivelmente, mas apenas respondeu com um sorriso discreto.
— Gabriel, venha comigo. Quero falar com você. — Maia chamou o sobrinho com um gesto, ainda sorrindo.
Gabriel sent