No caminho de volta do aeroporto, Olívia manteve o olhar perdido nas luzes de néon que dançavam pela janela. Não disse uma palavra sequer a Charles durante todo o trajeto.
O homem, ciente do estado emocional dela, decidiu respeitar seu silêncio, mas não soltou sua mão gelada nem por um segundo. Seus olhos fixaram-se no perfil dela, pálido e tenso, mas ainda assim belo o suficiente para lhe fazer o coração apertar de aflição. Era como se algo dentro dele estivesse suspenso, sem lugar para descansar.
A tensão os acompanhou até chegarem em casa, onde foram recebidos com uma ligação de Vasco:
— Vivia, já conseguimos identificar as vítimas. É praticamente certo que se trata de Mateo e seus comparsas.
Olívia fechou os olhos, mordendo o lábio inferior com tanta força que uma gota de sangue surgiu.
Os olhos de Charles ficaram sombrios, e ele apertou os punhos com força. Ver Olívia tão consumida pela raiva e pela dor fazia seu peito se contrair como se estivesse sem ar.
— A equipe d