Ele a havia salvado inúmeras vezes, mas e daí? Comparado aos danos que ele causou a ela, aqueles sacrifícios que ele considerava grandiosos não passavam de insignificâncias.
— Não... Não! — Negou Dalila com teimosia, enquanto o suor escorria por sua testa. — Aquela história no hotel... Não tem nada a ver com aquele homem!
Olívia curvou os lábios em um sorriso frio, sem insistir no assunto.
A expressão cheia de contradições da Dalila já lhe entregava a verdade.
— Vivia, você tem mais alguma pergunta para ela? — Perguntou Benjamin, voltando para Olívia um olhar sereno.
Olívia balançou a cabeça com indiferença.
— Certo, levem-na embora. — Com um gesto enérgico, Benjamin deu a ordem.
Dalila arregalou os olhos, assustada.
— Levar... Para onde? — Perguntou, gaguejando.
— Para a delegacia. — Respondeu Benjamin, com frieza.
Dalila sentiu como se um raio tivesse caído sobre si. Recusando-se a aceitar, ela recuou, gritando com uma voz aguda e raivosa:
— Benjamin! Você me enganou! Não