— Olívia... — A voz de Charles parecia ser triturada por uma engrenagem gigante, tão rouca que mal se podia ouvir o que dizia.
— Charles!
Os olhos de Gilbert ardiam de um vermelho furioso, e o peito parecia prestes a explodir com uma chama de raiva incontrolável. Como uma fera selvagem enfurecida, ele avançou com toda a força contra Charles, que permanecia imóvel, paralisado no mesmo lugar.
O punho cerrado de Gilbert, duro como ferro, voou em direção ao rosto de Charles. Mas ele não se mexeu, nem sequer piscou.
“Bata, eu mereço”, pensou Charles. Se Gilbert o matasse ali mesmo, ele aceitaria sem protestar.
— Gilbert! Não! — A voz de Gabriel cortou o ar como um raio, e ele apareceu a tempo de agarrar Gilbert por trás, envolvendo-o com os braços para impedir o golpe.
— Me solta! — Gilbert rangeu os dentes com tanta força que quase sangrou, mas era o coração que mais doía.
— Não vou soltar! — Gabriel apertou os braços em torno da cintura de Gilbert, segurando-o com firmeza en