Conversei com o agente, e quanto mais ele falava mais confusa eu ficava. Até que decidimos conversar com Elisandra, e com a permissão do médico responsável por ela, entramos no quarto que ela estava.
Assim que entrei, vi Elisandra deitada, com feridas e curativos. Seus olhos estavam inchados de chorar. Assim que me viu, começou a soluçar.
— Desculpa, desculpa por tudo! — disse ela, desesperada entre soluços. — Eu errei tanto, irmã. Roubei seu namorado, te machuquei... Agora entendi o inferno que você viveu.
Micael me apertou a mão, solidário.
Aproximei-me dela, com lágrimas nos olhos, sem entender pelo que aquela garota havia passado.
— Não precisa pedir desculpas agora, Elisandra. Estou aqui para ajudar.
Ela me olhou, desesperada.
— Não, preciso! Eu errei demais. Quero me redimir.
— O que aconteceu no acidente?, perguntei, curiosa.
Elisandra hesitou.
— Foi... foi um homem. Ele me fez jurar que não diria nada... Mas não aguento mais.
Micael e o agente se entreolharam.
— Quem é esse ho