Chego na clínica, e acabo encontrando Elisandra sentada num banco debaixo de uma árvore enorme, com o livro “A escolha”, de Nicola Sparks, sobre as pernas, enquanto observa os pequenos patos nadarem no lago mais à frente. Me sento ao seu lado, e por um tempo ficamos em silêncio.
— Como está hoje, Elisandra? — pergunto, quebrando o silêncio.
— Um pouco melhor que ontem, eu acho — responde ela, com um tom de voz baixo e triste.
Continuamos a conversar, falando sobre coisas banais, como o tempo e o livro que ela está lendo. Mas posso sentir que há algo mais profundo por trás de suas palavras, algo que ela não está disposta a compartilhar.
Até que ela para e finalmente olha para mim, e me pergunta o motivo de eu a ter perdoado.
— Por que você me perdoou, Agnes? — pergunta ela, com um olhar curioso e um pouco triste.
— Eu não consigo odiar você, Elisandra — respondo, com um tom de voz suave. — Sei que você estava sendo guiada por nossa mãe, e sei o quanto você estava sofrendo.
Elisandra ol