Ela deu seu habitual sorriso ao me ver. De um jeito que fazia meu estômago virar do avesso.
— Olá, estranha — ela se apertou no sofá enquanto eu analisava se aquela referência ao meu filme favorito, Closer, era obra do destino. — Tudo bem?
— Suze está trabalhando no bar. E isso é tudo que ela sabe fazer — entreguei o copo onde as pedras de gelo tilintavam num som hipnotizante.
— Está ótimo. Quando comecei a trabalhar aqui, nem isso eu conseguia preparar — ela bebeu. — Conheceu meu tio?
— Sim. E é surreal que ele tenha deixado Suze… — comecei a falar, mas fui interrompida por uma garota parada em frente ao nosso sofá.
— Precisamos conversar — ela falou, e senti Liz respirar tensa ao meu lado.
— Não temos nada para conversar — Liz respondeu sem levantar os olhos.
— Por favor — a menina estava à beira das lágrimas e, mesmo assim, como foi impossível deixar de notar, continuava impecavelmente linda. — Só me escuta.
— Malu, você perdeu sua chance de ser ouvida — Liz levantou a cabeça. A ga