— Você está bem? — ela perguntou bem próxima de mim.
— Estou — eu ainda me sentia atordoada. — Na verdade, preciso de um drinque. Você quer alguma coisa?
— Um refrigerante de uva — um calor repentino me invadiu quando ela me respondeu sem tirar os olhos da minha boca. Onde estão os ventiladores desse lugar?
Levantei e fui até o balcão do bar; eu precisava assimilar o que tinha acabado de acontecer.
Você beijou outra mulher e foi incrível. Minha consciência gritou e eu só pude concordar. Foi incrível do jeito que eu sempre imaginei que um beijo deveria ser.
Quando cheguei ao balcão, ninguém menos do que Suze, com um avental amarrado na cintura, veio me atender.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei, sem acreditar, se meus olhos estavam mesmo vendo a realidade.
— Oi! Vai querer beber alguma coisa? — ela ignorou minha incredulidade e me atendeu num tom formal, animadíssima.
— Suze! Você está de avental. Do lado de dentro do balcão!
— Eu sei — ela respondeu, sem se abalar. — O Rober