Eu sabia exatamente o que fazer. Era como se soasse uma música pelo ambiente vindo diretamente da minha cabeça. Uma cujos passos eu dançava perfeitamente. Nossos corpos se encaixavam e se misturavam na mesma sintonia. Eu estava anestesiada. Viva. Quando ela tirou a blusa, notei uma grande cicatriz acima do umbigo e passei a mão carinhosamente sobre ela.
Liz desceu da mesa rapidamente e abriu o zíper na parte de trás do meu vestido. Há anos eu me sentia desconfortável com meu corpo. Depois da segunda gravidez, só conseguia me ver como indesejável. Liz vagarosamente descia minha roupa e, com o olhar cheio de vontade, mostrava que não haviam motivos para ficar envergonhada e tratou de me fazer sentir irresistível. Me fez sentir linda. Inteira.
— Você tem certeza? — Liz me colocou sentada sobre a mesa.
— Existe alguma chance de eu engravidar essa noite? — passei a mão pelo cabelo dela e enrolei as pontas rosa nos dedos.
— Nenhuma.
— Então tenho certeza — sorri. Ela retribuiu meu sorriso e