— Acorde, temos que ir.
A voz de Fernando era baixa, quase suave. Natália, ainda sonolenta pela noite mal dormida, abriu os olhos e percebeu que ele a observava. À luz clara da manhã, o semblante dele parecia mais sereno, menos ameaçador do que o homem frio e cruel da noite anterior, ela o olhou confusa.
— Não me olhe assim ou vou ser obrigado a voltar para a cama.
Natália deu um salto, afastando de si qualquer resquício de intimidade.
— Vou arrumar as coisas no carro. Não demore.
Fernando apenas sorriu de canto e saiu. Natália respirou fundo, tentando se recompor. Recolheu seus pertences de higiene que estavam sobre a pequena mesa da cabana, o restante de suas coisas provavelmente estavam com Fernando para evitar uma nova fuga, com um suspiro foi ao banheiro.
O espaço era rústico, simples, com paredes de madeira e um espelho manchado pelo tempo. Ainda assim, serviu para que ela se lavasse e recuperasse um pouco da compostura.
Ao sair da cabana, Fernando já a esperava, encostado na