Capítulo 75
Ezequiel Costa Júnior
(Contém gatilhos)
Eu estava a poucos quarteirões de distância quando Mauro ligou. A voz dele estava tensa, mais do que de costume.
— Don, o genitor da Mariana apareceu no cemitério e causou alvoroço.
Senti o sangue gelar.
— E Mariana? Ela está bem? — perguntei, mesmo já sabendo a resposta.
— Ezequiel... ela entrou em choque. Samira está com ela, tentando ajudar, mas está difícil, venha logo!
Não esperei mais nada. Desviei o carro, pisando fundo no acelerador. Em minutos, dobrei a esquina do cemitério e estacionei ao lado do carro delas. Foi quando a vi.
Mariana estava curvada na entrada e ao me ver correu na minha direção como uma criança fugindo do escuro.
Quando a trouxe para o carro, ela parou ao lado do veículo, suando frio, pálida como nunca. Vomitava e tremia, os olhos vazios e perdidos. A doutora Samira a segurava pelos ombros, e as irmãs falavam algo que ela nem ouvia. Me aproximei rápido.
— Mariana! Calma, eu estou aqui