Conversar

Capítulo 122

Mariana Bazzi

Entrei no carro ainda meio atordoada. Fechei a porta devagar, como se o barulho pudesse quebrar o que ainda restava da minha força. Ezequiel entrou logo em seguida, calado. Por alguns minutos, só ouvimos o motor do carro.

— Mari… — ele falou, me olhando de lado. — Não crie muitas esperanças. Pode ser só coincidência, entende?

Assenti lentamente, mas não consegui responder. Ele me puxou num abraço calmo e silencioso, acariciando meus cabelos enquanto eu sentia seu cheiro bom.

Em casa, todos estavam em silêncio. Antes de subir pro quarto, fui direto até o quarto onde minha mãe estava. Precisava vê-la.

Safira estava acordada, sentada na poltrona de canto com uma manta leve sobre as pernas. Ao lado dela, estava a doutora Samira, nossa médica e agora uma espécie de anjo da guarda.

— Está tudo bem, querida? — Samira perguntou, gentil.

— Só queria ver a minha mãe antes de dormir — respondi, entrando devagar.

— Minha menina… — disse Safira, s
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