Dentro do quarto, Zeus sentou-se diretamente ao lado da cama de Cessar.Cessar, ao encarar aquele homem de quem nunca gostou, não fez questão de esconder seu descontentamento. Seu tom de voz, naturalmente, não foi nada amistoso:— Se você tem algo a dizer, diga de uma vez. Depois de hoje, talvez não tenha outra chance.Ele sempre havia escolhido os pretendentes de Diya não por aparência ou status, mas pelo caráter. O que importava se Zeus vinha de uma família poderosa? O que importava se ele era bonito? Se Zeus não tratava bem Diya, ele simplesmente não se enquadrava no padrão que Cessar considerava ideal para o marido da neta. Por isso, não havia necessidade de poupar Zeus.Zeus, sendo extremamente perspicaz, percebeu de imediato as implicações por trás das palavras de Cessar. Ele sabia que aquela conversa estava a um passo de terminar com ele sendo expulso do quarto. Ainda assim, por Diya, mesmo que tivesse que encarar insultos ou ser humilhado, ele estava determinado a continuar.—
— Zeus, o que você disse é mesmo verdade? Naquele momento, Cessar só queria uma promessa clara de Zeus. Sem isso, ele jamais poderia confiar Diya novamente a ele. Zeus nem hesitou antes de responder, acenando com a cabeça repetidamente: — Se qualquer palavra que eu disse hoje for mentira, que Deus me castigue! — Eu não acredito nisso. — Cessar balançou a mão com desdém. — Se você tiver coragem de dizer, eu terei coragem de acreditar. Agora, ele não duvidava mais da sinceridade de Zeus. No entanto, havia outro problema: os dois jovens claramente tinham sentimentos um pelo outro, mas ainda não conseguiam se comunicar de coração para coração. — Vocês dois precisam de alguma ajuda do seu avô? Cessar sabia que não deveria se intrometer nos assuntos dos jovens, mas seu coração, ansioso por ver o casal vivendo em harmonia, não conseguia evitar a vontade de ajudar. A resposta veio imediatamente. — Não, obrigado, vovô. — Zeus rejeitou sem pensar duas vezes. Na verdade, o des
A irritação tomou conta de Diya novamente. Só de pensar que precisava lidar com Zeus, aquele canalha, ela sentia uma vontade incontrolável de explodir. De repente, Diya se lembrou de Eduarda, de quem não tinha notícias fazia um bom tempo. Desde que Zeus começou a melhorar de seus ferimentos, a vida dela havia se tornado tão tumultuada que até se esqueceu completamente de Eduarda. Agora, com a doença do avô e estando no hospital, visitar Eduarda parecia algo conveniente. Com essa ideia, Diya virou o corredor e foi até o quarto onde Eduarda estava internada. Eduarda já havia saído da UTI. Pelos exames, seus sinais vitais estavam normais e ela não apresentava ferimentos graves. No entanto, mesmo assim, ela continuava inconsciente, sem dar qualquer sinal de que acordaria. Diya olhou para a mulher de meia-idade deitada na cama e, em seguida, virou-se para a equipe médica que cuidava dela. — Essa pessoa tem uma identidade especial. Assim que houver qualquer sinal de que ela vai aco
Diya percebeu Zeus primeiro e apontou para a direção da mesa de jantar:— Ainda faltam dois pratos, mas já estão quase prontos. Espere só mais um pouquinho. Naquele momento, ela parecia uma esposa dedicada, completamente à vontade enquanto preparava o jantar e esperava pelo marido que acabara de chegar do trabalho. Tudo aquilo parecia tão natural que Zeus começou a acreditar que essa sempre fora sua rotina. — Tudo bem. Zeus estava prestes a se sentar quando Diya, um pouco envergonhada, disse:— Ah, quase esqueci de te avisar. Antes de comer, é melhor lavar as mãos para ser mais higiênico. Desde que entrara em casa, Zeus havia ido direto para a cozinha, sem passar pelo banheiro. O comentário de Diya o fez lembrar dos tempos de criança, quando voltava correndo para casa depois de brincar com os amigos e, faminto, ia direto para a mesa de jantar, apenas para ser repreendido pela mãe por não ter lavado as mãos. A única diferença agora era que, em vez da mãe, a pessoa que o lembra
Percebendo o que estava fazendo, Zeus desviou o olhar, claramente constrangido, e tentou, com esforço, focar novamente no celular. Uma taça de vinho foi subitamente estendida em sua direção. Diya esticou suas longas pernas e inclinou-se relaxadamente contra a cabeceira da cama. — Zeus, aceita uma taça? Seus olhos curvaram-se em um sorriso, e seus lábios, mesmo sem batom, pareciam incrivelmente sedutores aos olhos de Zeus. Cada detalhe nela parecia irresistível, despertando nele um desejo incontrolável de beijá-la. Como que hipnotizado, Zeus aceitou o vinho sem hesitar. — Hoje… tem algo especial? — Perguntou ele, com a voz rouca devido ao calor que já queimava em seu corpo. Ele não conseguia lembrar exatamente quando, mas Diya havia se tornado a faísca que acendia as chamas dentro dele. Bastava um gesto simples dela para que ele sentisse seu autocontrole ruir. Diya curvou os lábios em um sorriso, seus olhos brilhando com uma leve confusão. — Não pode tomar uma taça de vi
— Você acha que, nesse momento, temos algo para conversar? A voz de Zeus soou rouca, enquanto suas sobrancelhas arqueadas e cada pequeno movimento em seu rosto exalavam uma intensidade masculina irresistível. Diya, embora fosse constantemente puxada pela intimidade do momento, lembrava-se a todo instante de seu propósito. Era essa determinação que a impedia de se entregar completamente ao prazer. — Que tal conversarmos sobre um contrato de filhos? Zeus riu, mas sua resposta veio carregada de um significado profundo: — Diya, você está testando minha paciência? Diya desviou o olhar, sentindo-se um pouco constrangida. Ela evitou encará-lo diretamente. Sabia que interromper o que estava prestes a acontecer era, no mínimo, indelicado. Mas, se não falasse naquele momento, temia que Zeus perdesse o controle e ela não tivesse mais a chance de discutir o assunto. — Só acho que algumas coisas precisam ser esclarecidas. Zeus não se levantou. Ele continuou acariciando-a com uma das
— Diya Gomes, se você não conseguir fazer Zeus Santos voltar para casa esta noite, não precisa nem pensar em voltar!Era véspera de Natal. As luzes brilhavam em todas as casas, famílias reunidas. Mas Diya, sozinha, acelerava sua moto pesada pela avenida à beira do rio, enfrentando o vento gelado enquanto se dirigia ao cruzeiro no mar para flagrar uma traição.Os rumores corriam em Cidade Malanje: Zeus, que não voltava para casa, havia gastado uma fortuna para alugar um luxuoso cruzeiro e fazer uma exibição de fogos de artifício para sua amante. Ainda ecoava em seus ouvidos o ultimato que sua sogra lhe dera no jantar de Natal da família Santos:— Diya, Zeus nem quer passar o Natal em casa porque não suporta ver você! Você está só ocupando espaço sem fazer nada. Se não conseguir engravidar do Zeus, é melhor acabar com esse casamento de uma vez e dar lugar a uma mulher que possa dar filhos para a família Santos!Já faziam dois anos de casamento. Diya sonhava todas as noites em ter um filh
Diya o observou em silêncio por dois segundos, e em vez de se irritar, abriu um sorriso. Seus olhos sedutores se curvaram como luas crescentes enquanto ela caminhava devagar até Zeus, com seus saltos altos ecoando pelo salão. Como se estivesse marcando território, ela tirou uma toalha umedecida e começou a limpar o local na camisa de Zeus onde Bianca havia tocado, agindo como se nada tivesse acontecido:— Você acha que eu queria vir para esse lugar cheio de fumaça? Só estou aqui porque o seu avô e a mãe insistiram. — Disse Diya, enquanto terminava de limpar a camisa dele e jogava a toalha no lixo, aproveitando para ajeitar a gola desabotoada. — Já se divertiu o suficiente? Se sim, que tal irmos para casa?— Ir para casa fazer o quê? Para fazer um filho com você? — Respondeu Zeus, seus olhos azuis brilhando com uma luz enigmática enquanto a olhava de cima, dominando-a com sua presença. — Você acha que é digna de ter um filho meu?Diya riu de tanta raiva que sentiu. Era como se uma abelh