— Maya é minha aluna. Ela ainda é jovem e acabou de voltar do exterior, então não entende muito sobre os costumes locais. Peço a todos que não levem isso tão a sério. — Explicou Nelson, tentando suavizar a situação.No entanto, o público não parecia disposto a aceitar a justificativa:— Não saber as regras é desculpa para ela se comportar assim diante da Srta. Ribeiro? De jeito nenhum! Hoje ela tem que tirar esse vestido!A determinação dos presentes era evidente, e Nelson franziu a testa, claramente aborrecido. Contudo, ele manteve a calma e insistiu:— É verdade que Maya perdeu a competição, mas fazer uma jovem tirar a roupa na frente de tanta gente... Isso não seria um pouco exagerado? E se isso prejudicar a reputação dela, quem vai assumir a responsabilidade?As palavras de Nelson, ditas com seriedade, fizeram sentido. O salão caiu em silêncio por alguns instantes.— Sei que todos aqui não estão tentando humilhá-la de propósito. Estão apenas indignados porque ela desrespeitou a Srt
Diya olhou para Maya com um sorriso irônico. Maya era rápida. No exato momento em que Diya estava prestes a colher os frutos de sua boa reputação, Maya se aproximou com um espetáculo de falsa humildade, fingindo ser uma jovem inexperiente e, logo em seguida, tentando criar laços de proximidade com ela. Tudo isso claramente para ganhar pontos com o público.Se fosse em outra ocasião, Diya teria simplesmente acenado com a cabeça e deixado passar. Mas agora, diante da insistência e descaramento crescentes de Maya, Diya não estava disposta a ceder.Embora seu rosto continuasse adornado com um sorriso, havia algo na expressão de Diya que transmitia uma frieza cortante. O silêncio dela deixou o ambiente carregado de tensão, e Maya, percebendo o desconforto, começou a falar coisas aleatórias, tentando amenizar o clima.Nelson, percebendo a situação, decidiu intervir com um tom descontraído. Ele lançou uma provocação leve que quebrou o gelo:— Maya, acho que você está exagerando. Como assim se
Do outro lado da linha, Diya franziu as sobrancelhas:— Você voltou do exterior há tão pouco tempo, como já começou a trabalhar?Diya pensava que Nelson, depois de tantos anos fora, iria passar mais tempo com Mestre Santos antes de se jogar no trabalho. Mas, pelo visto, ele era mais rápido do que ela imaginava.Nelson suspirou, fingindo resignação:— Não tive escolha... A oferta chegou, e o reitor pediu que eu me apresentasse logo. Eu tinha que ir, não é?Diante do tom zombeteiro de Nelson, Diya não conseguiu evitar um sorriso e deu uma leve torcida nos lábios. Se fosse outra pessoa, um típico profissional voltando do exterior e se curvando às exigências de um emprego, ela até entenderia. Mas era Nelson.Nelson, que havia contribuído tanto para o crescimento da família Santos, jamais estaria em uma posição de precisar de dinheiro.— Sério, irmão, você é do tipo que precisa de um emprego para pagar as contas? Vamos lá, me diga, qual é a verdadeira razão para isso? — Disse Diya.Diya e N
Diya abaixou o vidro do carro e viu um rosto surpreendentemente afável. Era difícil acreditar que aquele homem era o mesmo segurança que, na época em que ela era estudante, era tão ríspido e fazia de tudo para impedir que ela saísse pelos portões da universidade.— O Dr. Nelson já me avisou que você viria hoje. Pode entrar. — Disse o segurança, sorrindo.O portão eletrônico abriu, e Diya dirigiu para dentro do campus. O dia não colaborava muito com ela, pois Nelson estava em uma reunião. Depois de perguntar onde ele estava, Diya, levando em consideração as dificuldades que ele tinha com a mobilidade, decidiu ir até ele por conta própria.No décimo terceiro andar do prédio principal, na sala de reuniões, todos os professores do departamento de música da Universidade Armano estavam reunidos. Sob a liderança do vice-reitor, Dr. Noah, o encontro havia começado.Talvez por ser um andar raramente frequentado por alunos, a porta da sala estava apenas encostada, de forma um tanto displicente.
Do lado de fora da sala de reuniões, Diya reconheceu imediatamente a voz do inflexível Dr. Noah, famoso por sua postura intransigente desde a época em que ela era estudante. Quanto ao tal Professor Arthur, ela não tinha a menor lembrança.O que não era nenhuma surpresa, já que Diya nunca foi estudante do departamento de música e, portanto, nunca teve a chance de conhecer os professores dessa área.Agora, ver Noah enfrentando alguém com um temperamento ainda mais explosivo, como Arthur, era quase cômico. Diya mal conseguiu conter um sorriso ao perceber que aquela discussão poderia se estender por um bom tempo.Se ela seria contratada para lecionar na Universidade Armano ou não, na verdade, não era algo que a preocupava.Como não tinha pressa, ela puxou uma cadeira para si, sentou-se tranquilamente no corredor e decidiu assistir ao espetáculo como se fosse uma conversa casual em uma cafeteria.Dentro da sala, Noah não apenas enfrentava Arthur, mas parecia disposto a incluir todos os outr
Diya estava prestes a se levantar para entrar na sala e provar suas habilidades, mas, antes que pudesse dar o primeiro passo, Noah perdeu a paciência e gritou:— Todo mundo, silêncio!Assim que a sala ficou em completo silêncio, ele prosseguiu com firmeza:— Eu entendo a preocupação de vocês, e admito que ela não é infundada. No entanto, já pedi ao Dr. Nelson que convidasse a Srta. Ribeiro, e ela deve estar chegando a qualquer momento. Para resolver esse impasse, proponho o seguinte: se a Srta. Ribeiro aceitar o cargo de professora de violino, ela terá um período de um mês de experiência. Se, durante esse tempo, ela não demonstrar competência suficiente para atender aos padrões do nosso departamento, ficará claro que ela não tem capacidade para o cargo. Nosso departamento de música não é lugar para amadores, e eu acredito que, nesse caso, ela mesma terá o bom senso de sair, certo?A proposta parecia ser a solução mais razoável para o problema, e todos na sala acabaram concordando. Assi
O elegante e discreto Range Rover preto cortava a estrada em alta velocidade, enquanto Zeus, impassível, discava o número de Diya no celular.Por sorte, o décimo terceiro andar do prédio principal da Universidade Armano era quase deserto, e o barulho das discussões acaloradas dentro da sala de reuniões abafava qualquer som externo. Assim, quando o celular de Diya tocou repentinamente, ninguém pareceu notar.Ela olhou para a tela e viu o nome de Zeus. Imediatamente, franziu as sobrancelhas, irritada. Diya sabia que, se não atendesse logo, ele continuaria insistindo e poderia acabar atrapalhando sua conversa com os representantes da universidade. Decidiu, então, resolver esse incômodo de uma vez por todas.Assim que atendeu, Diya não fez questão de disfarçar sua insatisfação:— Mestre Zeus, nós estamos prestes a nos divorciar, você sabe disso, certo? Se não for algo realmente importante, poderia, por favor, parar de interferir na minha vida?Ela havia lutado muito para trancar Zeus em um
Diya não se deu ao trabalho de esconder seu desdém:— Sr. Zeus, deixando de lado o fato de que estamos prestes a concluir o período de separação e formalizar nosso divórcio, mesmo que ainda estivéssemos casados, eu tenho o direito absoluto à minha liberdade pessoal. Então, por favor, não interfira na minha vida, está bem?Ela estava irritada. Irritada com Zeus, com cada palavra e cada atitude dele. No passado, ela havia se entregado completamente a ele, só para receber indiferença em troca. Agora que ela não queria mais desperdiçar nenhum sentimento por ele, ele decidia se meter em todos os aspectos de sua vida.Zeus não ficou nem um pouco intimidado com as palavras dela e rebateu, direto:— Você acha que eu quero interferir na sua vida? Nelson já decidiu que vai trabalhar na Universidade Armano. E você, vindo aqui hoje, está tentando conseguir uma vaga para ensinar violino, não está?Os olhos de Diya se estreitaram, e sua voz saiu firme e furiosa:— Zeus, você é desprezível! Está me e