Logo de início, Karina viu, no centro da pista de dança, Ademir abraçando Sílvia enquanto dançavam uma música.
Bruno, sem saber o porquê, sentiu uma pontada de culpa.
Ele bloqueou a visão de Karina com seu corpo robusto e, com um tom discreto, disse:
— Vamos para a sala de vidro lá.
A sala de descanso ficava naquela direção.
— Está bem. — Karina sorriu e assentiu com a cabeça.
Ela entendeu. Bruno estava tentando evitar que ela ficasse com ciúmes.
Mas como isso poderia acontecer?
As pessoas, ao viverem, precisavam saber o seu lugar. Os sentimentos, também, podiam ser controlados. O que não se podia controlar, isso sim, era coisa de animal.
Karina não se importava, mas Stéphanie já estava visivelmente consumida pelo ciúmes!
Finalmente, a música chegou ao fim.
Ademir e Sílvia se entreolharam, sorriram, se entrelaçaram e saíram juntos da pista de dança.
De repente, Ademir se curvou, segurando o estômago com as mãos.
— O que aconteceu? — Sílvia ficou assustada.
— Ademir, o que foi? — Stépha