— Eu levo, eu levo! — Ademir cerrou os dentes, segurou o pulso dela com firmeza e saiu da sala de descanso, indo direto para o estacionamento.
Entraram no carro. Assim que o veículo arrancou, ele fez uma ligação para Karina.
Karina atendeu rapidamente.
— Karina. — Ademir segurava o celular, hesitante ao falar. — Eu preciso levar a Vitória para o hospital. Ela está muito abalada agora.
Enquanto dizia isso, sentia um medo enorme... Medo de que Karina ficasse chateada.
— Tá bom. — Mas Karina estava calma, respondeu com frieza. — Eu sei. Ouvi tudo agora há pouco. Pode ir. Vou desligar.
— Karina! — Ademir se apressou em impedi-la.
— Tem mais alguma coisa? — Karina perguntou, confusa.
Ademir lançou um olhar pelo retrovisor para Vitória, que estava no banco de trás com os olhos fechados, e disse em voz baixa:
— Assim que eu deixar ela no hospital, eu volto. Não vai demorar.
Karina ficou em silêncio por dois segundos, depois respondeu:
— Fique com ela.
Dessa vez, desligou o telefone.
Ademir ap