Karina mantinha os olhos abertos enquanto um líquido espesso escorria pelo seu rosto, se misturando, num instante, às lágrimas que já desciam silenciosas.
Logo em seguida, o corpo pesado de Lucas tombou sobre ela, sem forças, se apoiando em seu ombro.
— Não, não... — Murmurou Karina, com os lábios trêmulos. — Isso não pode estar acontecendo...
O som estridente do alarme soou no monitor do quarto.
Ela era médica. Nem precisou olhar para saber o que aquilo significava!
Na tela do aparelho, a linha do coração já havia se estendido em um traço contínuo...
Karina abriu a boca, respirando com dificuldade:
— Pai...
Quanto tempo fazia desde a última vez que o chamou assim?
— Papai!
Finalmente, ela conseguiu pronunciar por inteiro.
Ergueu os braços e abraçou Lucas com força, gritando entre lágrimas:
— Papai!
Mas ela sabia... Lucas já não podia ouvi-la!
— Papai!
A equipe médica entrou rapidamente e iniciou os procedimentos.
Uma enfermeira a segurou com delicadeza, tentando consolá-la:
— Ele já s