Era Júlia.
Karina estava nervosa ao discar o número do telefone da família Martins.
— Tia Júlia, por acaso o Túlio ainda está morando em casa ou ele está morando sozinho?
— Karina? — Do outro lado da linha, Júlia não esperava uma ligação dela e ficou muito emocionada. — O Túlio está em casa, sim. Quer vir ver ele?
— Está bem. — Karina desligou o telefone, o coração pesado.
Entrou no carro e, com voz firme, passou o endereço para Bruno:
— Não vamos para a Rua de Francisco Antônio ainda, me leve até esse endereço.
— Claro. — Bruno, sempre obediente, a levou até o local.
— Fique aqui na porta à minha espera. — Karina disse, antes de sair do carro.
Ela tocou a campainha e foi Júlia quem atendeu. Assim que a viu, apertou sua mão com ternura.
— Karina, você chegou! — A voz de Júlia estava suave. — Entre, entre, por favor.
— Tia Júlia... — Karina, agora muito nervosa, perguntou. — E o Túlio?
— Vem comigo. — Júlia a puxou suavemente e a conduziu até a sala de estar, apontando. — Ele está ali.