Nessa noite, Ademir ainda não tinha a permissão de ficar ali.
— Karina, Karina...
— Pode gritar o quanto quiser, vai ser a mesma coisa. — Karina o empurrou para fora, sorrindo e acenando com a mão. — Já é tarde, vai embora. Boa noite.
E, com isso, fechou a porta.
Ademir levantou uma sobrancelha:
— Que mesquinha.
“Aguarde, o dia em que vai dormir nos meus braços vai chegar.”
Se virando, a figura imponente do homem seguiu em direção ao apartamento ao lado.
...
Na manhã seguinte, quando a campainha tocou, Karina estava indo ao banheiro.
Correu rapidamente para abrir a porta.
— Rápido.
Ademir, com uma panela de sopa nas mãos, entrou sem cerimônias:
— Karina, coloca o protetor térmico embaixo.
— Certo. — Karina respondeu, indo ajudá-lo.
Então, ela percebeu algo estranho.
O que era aquilo que Ademir estava vestindo?
Isso não era um pijama? Ela já o havia visto antes, na Mansão da família Barbosa, onde eles sempre dormiam juntos.
“Mas, tão cedo, por que ele está usando